Mãe vai ao Ministério Público
Por Redação da Folha –
Um menino de 13 anos com paralisia cerebral corre o risco de ter seu
tratamento interrompido e não sobreviver porque sua família, moradora do
sítio Caiçara, município de Igaracy, não tem condições de custear os
seis medicamentos que ele faz uso permanentemente para manter sua
estabilidade clínica.O custo não é tão alto, 250 reais mensalmente, mas os pais do menino vivem com apenas um salário mínimo, um amparo assistencial do próprio garoto, que tem outras despesas: fraldas, alimentação especial e consulta particular frenquente com cardiologista e neurologista.
Como o pai não trabalha porque precisa ajudar a esposa nos cuidados com o filho, que também é obeso, sofre de insônia e dependente em tudo dos pais, a única renda é o salário mínimo, que não é suficiente para atender todas as necessidades do menino nem da casa, conforme a família, que precisa de ajuda do poder público.
De acordo com os pais do garato, Maria Júlia Maniçoba Vieira e Antônio Vieira, a Prefeitura de Igaracy sempre custeou os medicamentos, mas, agora em outubro, recusou-se a dar os remédios do menino, alegando que o salário mínimo que a família tem é suficiente para tudo. “É muito humilhante e desumano o que eles estão fazendo com a gente, porque nós não temos condições de resolver tudo com esse dinheiro”, comentou a mãe, que pretende procurar o Ministério Público para exigir que a lei seja respeitada pela Prefeitura, que tem obrigação de custear o tratamento do garoto.
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