Para marcar o Dia Mundial de Combate à Hepatite, que é hoje, domingo, o Ministério da Saúde ampliou o acesso à vacina contra a hepatite B. A população terá à disposição a testagem rápida, com resultado pronto na hora, em algumas cidades.
A partir de agora, pessoas com até 49 anos podem receber a vacina contra a hepatite B gratuitamente em qualquer posto da rede pública. No ano passado, a idade limite era até 29 anos. As hepatites são doenças que atacam o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Estimativas apontam que 2,3 milhões de brasileiros são portadores das hepatites, sendo 800 mil do tipo B e 1,5 milhão do tipo C.
Transmissão - Nestes dois tipos mais recorrentes (B e C) o contágio pode acontecer pelo contato com sangue, saliva, sêmen e secreções vaginais da pessoa infectada. Por isso, a transmissão da doença pode ocorrer desde uma transfusão de sangue até o simples ato de fazer as unhas.
“Pode ser contraída através de material perfuro-cortante contaminado com o sangue de um portador do Virus C. Pode ser seringa, agulha, tesouras, alicates de unha, lâminas de barbear e estilete”, alerta o hepatologista Raymundo Paraná. Segundo ele, antes de 1994, muitas pessoas se contaminaram por transfusões de sangue ou exames em hospitais que não usavam descartáveis. A dona de casa Selma Restivo, 67, leva seu kit para fazer as unhas no salão de beleza. “Levo alicate, espátula, palitinho, acetona, base e até os esmaltes. Tenho esse hábito para me prevenir de doenças como a hepatite”, diz.
OMS alerta sobre a necessidade de prevenir e tratar a hepatite
Pelos dados oficiais, 1,4 milhão de pessoas morrem por ano em decorrência das diversas formas de hepatite. Apenas 37% dos 126 países analisados pela organização dispõem de estratégias para prevenção e tratamento.
A hepatite é apontada como um dos desafios de saúde pública no Brasil e no mundo e caracteriza-se pela inflamação do fígado. A doença pode ser causada por vírus, pelo uso de alguns remédios, pelo consumo de álcool e de outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.
A doença nem sempre apresenta sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
A diretora de Pandemias e Doenças Endêmicas da OMS, Sylvie Briand, alertou que, enquanto 82% dos países estabeleceram programas de vigilância da hepatite, apenas metade inclui o monitoramento da hepatite crônica B e C.
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