Comer fora de casa não é algo barato, e isso não é novidade para ninguém. Mas, somando refeição, bebida, sobremesa e o famoso cafezinho, o trabalhador brasileiro gasta no almoço, em média, R$ 30,14 - resultado que chega a impressionantes R$ 663,08 mensais, se considerarmos 5 dias de trabalho por semana.
A Pesquisa Refeição Assert Preço Médio 2014, da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), realizou 4.681 entrevistas em restaurantes que trabalham com vales/ tíquetes refeição, nos sistemas Comercial, Autosserviço, Executivo e A La Carte.
"O montante que um trabalhador gasta por mês para se alimentar durante o trabalho é significativo, comprovando que o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) do Ministério do Trabalho e Emprego continua sendo um importante instrumento de inclusão social", alerta Artur Almeida, presidente da Assert.
O PAT é um programa do governo que promove incentivos fiscais às empresas que assumem a responsabilidade de prover melhores condições nutricionais à seus funcionários - seja com vale-refeição ou vale-alimentação, almoço na própria organização ou cestas básicas. O objetivo do programa é repercutir positivamente na qualidade de vida, redução de acidentes de trabalho e aumento da produtividade.
Ainda de acordo com a pesquisa da Assert, está crescendo a procura por alimentos mais saudáveis. Segundo o levantamento, o aumento percebido pelos estabelecimentos no consumo de frutas foi de 61% e de 69%, no caso de verduras e legumes. A preferência por sucos naturais também cresceu impressionantes 70% - em restaurantes executivos, esse crescimento foi de 80%.
Surpreendentemente, o arroz e feijão, tradicionalíssimo prato brasileiro, não é tão relacionado a uma refeição considerada saudável. Menos de um quinto dos estabelecimentos entrevistados associa a dupla a uma alimentação saudável. Entre os locais que servem o chamado prato comercial, esse reconhecimento é maior: 40% da amostra desse segmento. Independentemente disso, a oferta da mais brasileira das combinações gastronômicas é oferecida por 89% dos estabelecimentos.
"Embora não ofereça a variedade de um buffet de autosserviço, onde o trabalhador encontra inúmeras opções de saladas, legumes e grelhados, o empratado comercial tem uma excelente relação custo-benefício com boa perspectiva no equilíbrio nutricional e no preço", ressalta Almeida.
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