Não há nada mais essencial para uma pessoa do que seus documentos pessoais, ou seja, os papéis que identificam e qualificam o homem e a mulher são o que garante sua cidadania. E cidadania significa acesso à saúde, educação, assistência social, previdenciária e a todos os demais direitos garantidos pelas leis.
Mas, sem documento, nada disso é possível, no entanto, para quem vive em Itaporanga e neste Vale se documentar ficou distante, difícil e caro. Para se conseguir tirar uma carteira de identidade ou de trabalho é preciso ir a Patos, uma viagem onerosa e difícil para muita gente.
O problema é ainda mais grave para as pessoas de baixa renda: nem todo mundo tem dinheiro e tempo suficientes para vencer as despesas e a burocracia de querer um documento tão longe.
Hoje as novas tecnologias têm facilitado a vida das pessoas, encurtado distâncias e vencido as burocracias estatais, mas este Vale tem seguido na contramão do tempo. É um retrocesso pelo simples fato de que estes documentos já foram expedidos por aqui. Atualmente, centenas de pessoas nesta região, especialmente jovens, não têm documento e, por isso, estão excluídas dos seus próprios direitos, marginalizadas, ou seja, à margem da cidadania. Diante de tão grave realidade, a Fundação José Francisco de Sousa vai encaminhar nesta segunda-feira, 25, ofício à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano e Casa Cívil, pedindo a instalação de uma Casa da Cidadania em Itaporanga ou, pelo menos, um posto de atendimento como solução para esse problema.
Folha do Vali
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