Uma prática criminosa em muitas das obras nesta região custeadas com recursos da Fundação Nacional de Saúde
Por Redação da Folha
O problema é o seguinte: alguns construtores de obras públicas em municípios da região, a exemplo de cisternas, sanitários, poços e moradias populares, obrigam os beneficiários dos projetos a se integrarem ao serviço de construção sem serem remunerados, o que é uma irregularidade, uma vez que todo custo da obra está previsto na planilha orçamentária do projeto, não havendo necessidade de trabalho voluntário.
Há casos de pessoas que, não tendo condições físicas de cavar um alicerce, tiveram que pagar mão de obra para a realização do serviço, o que é um absurdo diante do fato de que há recursos públicos garantidos para toda a obra, da fundação ao acabamento, ou seja, a execução do projeto tem que ser concluída sem necessidade de se explorar mão de obra do beneficiário, a não ser que a construtora contrate legalmente e pague ao trabalhador pelo serviço, conforme apurou a Folha (www.folhadovali.com.br).
Mas as irregularidades não param por aí: há muitos registros de obras que ficam inacabadas e os beneficiários são obrigados a gastar do próprio bolso para concluí-las: casas sem portas ou sem janelas; sanitários sem telhado e sem descargas; poços e cisternas que não funcionam. Para não ficar no prejuízo, muita gente arruma dinheiro com sacrifício e pagar por um serviço ou produto que já foi pago e caro pelo governo. O mais revoltante é que isso ocorre com as pessoas extremamente pobres, que são exatamente a maioria dos beneficiários das obras públicas. Nenhuma das fontes que embasaram essa matéria quiseram se identificar temendo represária, mas estão dispotas a denunciar o caso, inclusive, ao Ministério Público e à Funasa.
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