Hospital Regional de Emergência e Trauma de Campina será fechado a partir de sexta-feira

A transferência do Hospital Regional de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes para o novo Hospital de Trauma de Campina Grande deverá ser finalizada até o dia 22 de junho, segundo informou o diretor técnico do hospital, Flawber Cruz. A população deve ficar alerta que a partir de sexta-feira o pronto-socorro do Hospital Regional não irá mais funcionar e os serviços serão realizados no novo hospital, no bairro das Malvinas. Diariamente são realizados cerca de 300 atendimentos no local. Conforme informou Flawber Cruz, o pronto-socorro do Hospital de Trauma só irá atender os casos de urgência e emergência, tais como acidentes de trânsito, atropelamentos, facadas, tiros, picadas de animais, parada cardíaca, entre outros que exijam um atendimento em caráter de urgência. "A população tem que entender que o hospital não irá atender casos clínicos como diarreia, gripe, entre outros", assegurou o diretor. Até a próxima semana o Centro Cirúrgico do Hospital Regional continuará funcionando para atender os casos mais urgentes

O diretor acrescentou que 66% dos atendimentos do hospital é de baixa complexidade, podendo ser realizados em unidades básicas ou outros hospitais. Ele informou que o Trauma foi criado para atender pacientes de urgência e emergência, e para que não haja novamente superlotação no hospital, a população deve entender que este tipo de serviço não será mais realizado no local. "Nós queremos evitar que os pacientes que realmente estejam precisando do hospital possam ter um atendimento humanizado", contou.

Transferência

Ontem pela manhã foram transferidos os dois cilindros, ambos pesando mais de cinco toneladas, essenciais para o encaminhamento dos 12 pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), também para a nova unidade. Ele explicou que até o final de julho, o novo Trauma deverá receber um incremento em serviços especializados.

Os cilindros começaram a ser esvaziados às 5h30 e o processo de transferência aconteceu por volta das 9h. Foinecessário um guindaste para erguer os dois cilindros, um pesando 3.200 quilos e o outro, com 2.500 quilos. "Nós só podemos transferir os pacientes que necessitam do oxigênio, depois que os cilindros já estiverem prontos no local. Provavelmente os 12 pacientes do HR, mas que estão temporariamente internados na UTI do Hospital Pedro I, serão encaminhados hoje pela manhã. A nossa expectativa é de que até o final deste mês o novo Trauma já esteja funcionando com toda a estrutura do anterior. Mas somente no final de julho é que o hospital vai começar a incrementar seus serviços", contou.

Até agora já foram transferidos, segundo o diretor, toda a ala pediátrica, 80% da ala clínica, toda a ala de queimados, além da parte administrativa. Atualmente, 50 pacientes estão internados no novo Trauma, faltando ainda a conclusão do centro cirúrgico e da cozinha hospitalar. "O hospital vai oferecer serviços de alta complexidade, sobretudo de neurocirurgia e ortopedia, permitindo a prevenção de sequelas e diminuíndo a mortalidade", disse. O novo hospital vai oferecer uma capacidade de atendimento para 1,9 milhão de paraibanos, de 173 municípios do Estado. Com um investimento de R$ 100 milhões, o hospital vai oferecer, além de outros serviços, clínicas pediátrica, traumatológica, oftalmológica, de otorrinolaringologia, neurologia e buco-maxilofacial.

PB Agora