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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Imagens mostram invasão de PM a presídio e como ficou PB1 após rebelião que dura mais de 18 horas



O programa Correio Verdade, da TV Correio, divulgou uma foto que mostra a situação do presídio de segurança máxima PB1, em Jacarapé, em João Pessoa, após a rebelião que dura mais de 18 horas.
PB1 após rebelião
Um vídeo que mostra presos sendo contidos e agrupados no pátio principal da Penitenciária Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes também foi divulgado.
A rebelião que ocorre desde às 20h desta terça-feira (29) está sendo considerada pelo Coronel Arnaldo Sobrinho, gerente executivo do sistema penitenciário do Estado, como 'a maior rebelião em presídios da história da Paraíba'.
"Tivemos rebeliões em 2011, em anos anteriores, mas não com esse poder, inclusive de fogo. Essa é a maior rebelião em presídios da história da Paraíba", disse.
Houve rebelião também nas penitenciárias PB2 e Roger. Segundo a Polícia Militar, a rebelião na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida como Presídio do Roger, já foi controlada. Mas a movimentação na frente da unidade prisional continua.
Rebelião no Presídio do Roger
Mulheres se aglomeram na frente do Presídio do Roger (Foto: Bayeux em Foco)
Rebeliões
Primeiramente, a rebelição ocorreu dentro do presídio PB1. Por volta das 20h, detentos atearam fogo em colchões e quebraram as grades. Tiros foram disparados para conter o tumulto.
PB1
Movimentação durante a madrugada (Foto: @emersonmofi)
Os detentos reivindicam melhorias na alimentação e na estrutura da unidade prisional. De acordo com agentes penitenciários, os presos fizeram uma cortina de colchões no pavilhão 1 e tocaram fogo com o objetivo de impedir a entrada de policiais no presídio.
A rebelião no presídio PB2 iniciou por volta das 22h desta terça-feira (29). Detentos também atearam fogo em colchões e quebraram as grades.
Já por volta das 23h20, a rebelião se iniciou na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida como Presídio do Roger. Várias viaturas da Polícia Militar passaram toda a madrugada.
Também houve queima de colchões e muito tumulto. Segundo agentes penitenciários, o motivo teria sido briga entre facções criminosas rivais.
Veja nota oficial do Governo do Estado:
Às 20h desta terça-feira (29) o serviço de inteligência do Sistema Penitenciário tomou conhecimento de um princípio de rebelião no complexo de segurança máxima PB1 e PB2, em João Pessoa. De imediato, foi mobilizado um efetivo policial e criado um comitê formado pelas Secretarias de Segurança e Defesa Social, Administração Penitenciária, Comando da PM, Bombeiros e Pastoral Carcerária com intuito de estabelecer um canal de negociação com os presos amotinados.
O grupo de negociações é formado pelo secretário de Administração Penitenciária, coronel Washington França; secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima; gerente executivo do Sistema Penitenciário, tenente-coronel Arnaldo Sobrinho; comandante do 1º Batalhão, tenente-coronel Paulo Almeida Martins; comandante do 5º Batalhão, tenente-coronel Lívio Carvalho; comandante da 4ª Companhia, major Carlos Roberto de Sena; comandante do Batalhão de Operações Especiais, major Jerônimo Bisneto; comandante da Policia Metropolitana, coronel Américo, e o coordenador estadual da Pastoral Carcerária, padre João Bosco.
Nos dois presídios, as negociações continuam. No PB2, as autoridades conseguiram a liberação de um detento ferido. A vítima, ainda sem identificação, foi encaminhada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, onde está internada em estado grave.
Os trabalhos contam com o apoio do Corpo de Bombeiros e Samu. O juiz da Vara de Execuções Penais, Carlos Neves da Franca Neto, se encontra no complexo penitenciário acompanhando as negociações.
As autoridades ainda não têm conhecimento sobre a extensão dos danos causados pelos detentos.
Outro princípio de motim foi registrado no Presídio de Segurança Média Desembargador Flósculo da Nóbrega, no bairro do Roger, mas a situação já foi controlada.
Felipe Silveira

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