E o eleitor, ó...
Um deputado, um senador, um político em geral, só chega ao poder com o voto do eleitor. Sem o eleitor ele não é nada, não passa de um zero à esquerda. Então, o político que depende do eleitor para chegar ao poder, tem a obrigação de ser eternamente grato a quem o elegeu.
Teria.
Aqui na Paraíba, por exemplo, os políticos que se elegem graças ao voto do eleitor, quando chegam lá dão uma banana aos que os elegeram.
Na hora de pedir, enchem o saco do eleitor, indo à sua casa fora de hora, entrando na cozinha, beliscando as panelas, limpando o catarro do menino cagado, elogiando a pança gorda da dona da casa, mentindo para o compadre dizendo que ele é isso e aquilo, mas quando o diploma é entregue pelo TRE, tudo o que foi dito, prometido, conversado e mentido é esquecido e um novo homem surge, orgulhoso, pomposo, prepotente, demagogo e preocupado apenas em se arrumar.
Viram Janduhy Carneiro?
Brigou com o governador, rompeu e, graças ao rompimento, o povo ficou sabendo que o deputado, na hora de auferir os louros de ser Governo, botou a mulher como diretora de importante estatal.
Por que a mulher? Não teria, o deputado, um eleitor ou uma eleitora mais precisados e competentes para assumir a vaga?
Mas não pensem que Carneiro é o único. É não. Tem mais gente se aproveitando das mordomias. Da minha terra tenho notícias de caso igual. O ex-prefeito Sidney Oliveira, quando instado a indicar alguém para dirigir empresa estatal, botou a esposa. E outros, e mais outros, quase todos ou todos eles, agiram do mesmo jeito, adotaram o mesmo procedimento.
O eleitor, que se contenta com os sobejos, com as esmolas, com os restos, vai esperar o pleito vindouro para ganhar de novo tapinhas nas costas, sorrisos largos, elogios desmedidos e, claro, uma cesta básica, um corte de tecido e uma dedada no cu.
Blog do Tião
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