Nas eleições para presidência da República e para governador, senador e deputado em 2010, veio à tona a exploração do uso da religião para a obtenção dos votos. Acusar o adversário de ateu é praxe entre muitos candidatos. Enfim, agora já com as eleições municipais à vista, se avoluma o assédio às igrejas, principalmente aos evangélicos pentecostais, pois alguns políticos julgam ser eles, menos esclarecidos politicamente e mais necessitados de favor material, de coisas como o uso de ônibus público, de alguma reforma na igreja, a troca de um piso, por exemplo, e que podem acreditar também na sinceridade de um abraço. “Atendê-los, sem dúvida alguma, dá votos”, avaliam.
Políticos, em sua grande maioria, querem transformar a igreja X ou Y num out door de seu objetivo eleitoreiro, a marca, “a igreja tal está comigo”, nada mais que isto.
Na verdade, é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um político abrir a Bíblia, não abrem. Os que abrem, com certeza, não fazem o uso da crença religiosa para se eleger. Depois das eleições, é um milagre o político voltar à igreja, a não ser que for a dele, a tradicional, pois se voltar com a mesma ênfase, presenciaremos um milagres jamais visto desde a ressurreição de Lázaro.
Mas é interessante ao cristão, aquele que sabe de suas obrigações de eleitor, ter conhecimento dos dez mandamentos elaborados pelo Conselho Nacional de Leigos acerca do assunto. Na íntegra, Os dez mandamentos do eleitor cristão:
1) VOTAR PARA PARTICIPAR: não votar é pecado de omissão. Seu voto em branco ou nulo muito beneficia o (a) candidato (a) ruím.
2) VOTAR COM LIBERDADE: Escolha livremente os seus candidatos (as). Não aceite pressão de ninguém.
3) NÃO VENDER SEU VOTO: quem vende seu voto vende a si mesmo. Vende sua consciência. “Voto não tem preço, tem consequências”.
4) CONHECER SEUS CANDIDATOS (AS): conhecer a história do (a) candidato (a), sua vida familiar, profissional, política. Seu passado e sua vida valem muito mais do que promessas.
5) CONHECER OS PROGRAMAS: quem se apresenta sem programa de trabalho não se compromete com o bem comum. Promessas sem programas são vazias e enganosas.
6) VOTAR COM CONSCIÊNCIA: vote em quem merece sua confiança e não nas aparências.
7) EXAMINAR COMO SE FAZ A PROPAGANDA POLÍTICA: quem gasta muito dinheiro na propaganda está comprometido (a) com o o poder econômico. Vai tirar o dinheiro que gastou ou vender-se aos interesses daqueles que o (a) financiaram.
8) NÃO SE DEIXAR ENGANAR PELOS ANÚNCIOS: desconfie do exagero das promessas e das palavras bonitas. Quem muito promete nada cumpre. Belos anúncios podem estar vendendo candidato (a) falso (a).
9) VOTAR POR DEVER CÍVICO: não vote para pagar favores ou por amizade. O que um político faz pela comunidade não é presente, mas é obrigação sua e direito do povo.
10) ACOMPANHAR A AÇÃO POLÍTICA DOS ELEITOS : seu dever político não termina com a eleição. Organize-se em entidades e grupos para ter força de cobrar os compromissos dos eleitos.
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