A desunião dos partidos governistas ameaça o apelo da presidente Dilma Rousseff por controle nos gastos públicos. Ela tenta convencer aliados a ter cautela em votações "caras" ao Tesouro.
Na segunda-feira (29), o Ministério da Fazenda anunciou um superavit maior em R$ 10 bilhões --uma boa notícia para o mercado, mas difícil de digerir no mundo parlamentar.
Motivo: os recados de aperto orçamentário atingem em cheio a agenda da micropolítica --liberação de emendas e nomeação para cargos.
O calendário eleitoral acentua esse cenário, já que muitos congressistas serão candidatos a prefeito em 2012.
"O que prejudica mesmo Dilma na política é se a economia brasileira desacelerar", argumentou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
O Ministério das Relações Institucionais sabe que, dependendo do humor, os insatisfeitos do Congresso podem acionar uma bomba fiscal que afete a aposta na redução prolongada dos juros.
Dilma pode desativar a bomba por meio de vetos, mas arcaria com o ônus de decisões impopulares.
Ao menos três partidos, PMDB, PP e o "neo-independente" PR, protagonizam disputas internas e ainda guardam desacertos com o estilo Dilma de administrar.
Reclamam das nomeações represadas para cargos, das emendas raramente pagas e da "faxina" que expurgou dois importantes representantes da Esplanada: Wagner Rossi (ex-Agricultura, do PMDB) e Alfredo Nascimento (ex-Transportes, do PR).
No governo, ninguém é capaz de garantir blindagem total. Nem mesmo se pode descartar o risco de uma CPI para investigar o PT às vésperas da eleição. Mas governistas ponderam que os aliados votaram unidos até agora.
"O anúncio que o ministro Guido Mantega fez ontem [segunda-feira] terá um amplo apoio da base. Podemos enfrentar problemas em algumas coisas, mas não no essencial", disse o líder do governo, Candido Vaccarezza (PT-SP), sem explicar os "problemas".
Para a Fazenda, os "problemas" são três propostas delicadas: a PEC 300, que cria um piso salarial para policiais e bombeiros; a Emenda 29, que regulamenta os recursos para a saúde; e o fim da DRU (Desvinculação das Receitas da União), que permite ao governo gastar livremente 20% de seus recursos.
Da Folha.com
Na segunda-feira (29), o Ministério da Fazenda anunciou um superavit maior em R$ 10 bilhões --uma boa notícia para o mercado, mas difícil de digerir no mundo parlamentar.
Motivo: os recados de aperto orçamentário atingem em cheio a agenda da micropolítica --liberação de emendas e nomeação para cargos.
O calendário eleitoral acentua esse cenário, já que muitos congressistas serão candidatos a prefeito em 2012.
"O que prejudica mesmo Dilma na política é se a economia brasileira desacelerar", argumentou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
O Ministério das Relações Institucionais sabe que, dependendo do humor, os insatisfeitos do Congresso podem acionar uma bomba fiscal que afete a aposta na redução prolongada dos juros.
Dilma pode desativar a bomba por meio de vetos, mas arcaria com o ônus de decisões impopulares.
Ao menos três partidos, PMDB, PP e o "neo-independente" PR, protagonizam disputas internas e ainda guardam desacertos com o estilo Dilma de administrar.
Reclamam das nomeações represadas para cargos, das emendas raramente pagas e da "faxina" que expurgou dois importantes representantes da Esplanada: Wagner Rossi (ex-Agricultura, do PMDB) e Alfredo Nascimento (ex-Transportes, do PR).
No governo, ninguém é capaz de garantir blindagem total. Nem mesmo se pode descartar o risco de uma CPI para investigar o PT às vésperas da eleição. Mas governistas ponderam que os aliados votaram unidos até agora.
"O anúncio que o ministro Guido Mantega fez ontem [segunda-feira] terá um amplo apoio da base. Podemos enfrentar problemas em algumas coisas, mas não no essencial", disse o líder do governo, Candido Vaccarezza (PT-SP), sem explicar os "problemas".
Para a Fazenda, os "problemas" são três propostas delicadas: a PEC 300, que cria um piso salarial para policiais e bombeiros; a Emenda 29, que regulamenta os recursos para a saúde; e o fim da DRU (Desvinculação das Receitas da União), que permite ao governo gastar livremente 20% de seus recursos.
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